O Cavalo Lusitano é um legado genético de grande valor que Portugal tem. Quando alguém pensa em começar a criar Cavalos de Pura Raça Lusitana tem de estar consciente da responsabilidade que é dedicar-se a esta actividade. A genética não é uma ciência exacta, por conseguinte nem sempre os emparelhamentos que fazemos dão os resultados imaginados e sobretudo desejados, no entanto não deve a genética servir como desculpa para que os Criadores não tenham o dever de manter e melhorar o Cavalo Lusitano dentro daquilo que está definido no Padrão da Raça. Aliás, deve servir o Padrão da Raça como linha orientadoura dos Criadores para conseguir criar produtos cada vez melhores, para que o Cavalo Lusitano possa num futuro próximo, afirmar-se definitivamente como primeira escolha, como Cavalo de Desporto. Cruzar uma égua Lusitana com um Cavalo Lusitano, apesar de ambos estarem aprovados como reprodutores, só por si não chega, os Criadores devem ter a noção dauilo que estão a fazer, tendo em consideração taras, defeitos, aprumos, angulos etc. Chegou-se á conclusão que o nosso Cavalo Lusitano tem um déficite no dorso e nos membros, portanto se queremos melhorar o Cavalo Lusitano temos que começar a seleccionar tendo em consideração estes dois aspectos, obviamente não descurando os restantes. Os tempos são de crise e as vendas descresceram muito, o que faz com que só se vendam na realidade os Produtos de elevada qualidade, mas podemos aproveitar estes tempos de crise para melhorar a qualidade dos Produtos que estamos a criar. Porquê encher tantas éguas se não existe procura? Vamos então encher só as melhores éguas e escolher Garanhões com provas dadas, tendo em consideração o seu valor como reprodutor, avaliado através da sua descendência e o seu valor como "atleta". Só tendo bons Produtos podemos vir a ter bons Cavalos de Desporto.
