Em primeiro lugar quero agradecer ao ti Moisés, Emilio, José Manteigas, Miguel e Rui Manteigas a oportunidade que me dão todos os anos de "furar" as vacas; ao Dr. Cerejo, Veterinário, de trato afável e grande profissional, agradeço a confiança depositada na minha ajuda e também a oportunidade.
A Herdade da Batanada foi mais uma vez o Palco, o dia começou bem cedo, como é habitual no dia em que se faz o Sanamento de Bovinos para rastreio da Tubercolose, Brucelose e Leucose ( e esta? ). Este ano não sei se por ser ano de eleições os meus amigos resolveram levar à letra o "choque tecnológico" tão badalado pelo Governo e em vez dos habituais Cavalos para "empurrar" as vacas para a manga havia também 3 moto quatro, o que diga-se em verdade ajudou bastante, mas que a mim me choca um pouco. Motas a trabalhar com o gado? Qualquer dia ainda chego a casa de um deles e na boxe do cavalo está uma mota presa à argola a comer feno. Mas também é importante dizer que as coisas desta vez funcionaram porque houve mais cuidado em preparar o acesso que levava as vacas ao bardo e havia também mais homens a juntar ao facto das vacas estarem todas a cerca de 200m do bardo para onde tinham de ir. Imaginem lá como ficava o meu amigo Miguel se no dia em que as motas iam fazer o trabalho dos Cavalos se a coisa falhava.
Mas as vacas lá entraram com as 3 motas e os 3 cavalos a empurrá-las, não tendo os homens, ao contrário dos anos anteriores ter feito quase nada para que elas se dirigissem para o bardo e foi o ano que demorou menos tempo a encerrá-las, isso é um dado adquirido, o que nos permitiu começar a trabalhar mais cedo do que é habitual.
Iniciámos o trabalho e combinámos: " ...muda aos 100 acaba aos 229.", quando estavam 100 vacas "feitas" foi altura da merenda, pata negra, pão de Penha Garcia ( mas do meu amigo Zé Miguel ), vinho e "jolas" fresquinhas.
Foi uma manhã de campo para história, pois conseguimos passar na manga as 229 vacas, vacinar, tirar sangue e apartar os bezerros até ás 12h 35m, bantendo assim um novo record, pois o almoço esperava-nos em Penha Garcia. Depois de dias como estes de Campo a quem é que apetece ir para Lisboa?
